DICAS PARA VIAJAR COM ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO

Segundo pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na última terça-feira, dia 2, o Brasil tem hoje mais cachorros do que crianças – 52,2 milhões de cães contra 44,9 milhões de crianças entre 1 e 14 anos. De acordo com o instituto, 44,3% dos domicílios brasileiros têm pelo menos um cachorro.
Para essas famílias, o planejamento das viagens inclui uma peregrinação para reunir a documentação necessária e a caixa mais adequada para transportar o bichinho. Em muitos casos, esse planejamento requer bastante antecedência. Confira abaixo as documentações e formas de transporte exigidas para viajar de carro, ônibus e avião com seu animal de estimação.
Saúde do animal – Antes de viajar, é importante consultar o veterinário para garantir que o bicho esteja em boa condição de saúde, já que, de modo geral, cachorros e gatos ficam estressados nas viagens aéreas e terrestres. Os veterinários não recomendam, porém, a sedação dos animais. Algumas companhias aéreas, como a TAM, proíbem o uso de medicamentos para esse fim, pois podem causar efeitos colaterais graves. Para os animais que costumam enjoar, vale a pena usar medicamentos específicos, mas não sem antes consultar o veterinário. Lembre-se também de dar água e levar seu bichinho para fazer xixi antes de pegar a estrada ou embarcar no avião.

1. Viagens de carro
Documentação: tenha em mãos a carteira de vacinação com a antirrábica atualizada – mínimo de trinta dias e máximo de um ano antes da viagem – e um atestado de saúde recente do animal. Os documentos podem ser solicitados por fiscais de barreiras sanitárias interestaduais.

Transporte: a lei proíbe apenas o transporte de animais no colo do motorista e à sua esquerda, mas se o cachorro fica solto no carro ele pode se machucar em caso de batida ou freada brusca. Há coleiras peitorais para cães de diferentes tamanhos. A recomendação para os gatos, em geral avessos a passeios de carro, são as caixas de transporte.

2. Viagens de ônibus
Documentação: no momento do embarque deve ser apresentada a carteira de vacinação e um atestado do veterinário, emitido com no máximo 15 dias de antecedência.

Transporte: a legislação do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (DAER) determina que, com exceção dos cães-guias, apenas animais de pequeno porte — cães e gatos de até 8 quilos — podem ser transportados. O DAER também limita a dois animais por veículo. Eles devem viajar dentro da caixa de transporte, junto ao dono.

3. Voos domésticos
Documentação: no caso de viagens nacionais, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) exige a apresentação da carteira de vacinação atualizada, comprovando a vacinação múltipla e antirrábica, além de tratamento com vermífugo e um atestado de saúde emitido com assinatura do veterinário.

Transporte: o transporte de animais deve ser reservado com antecedência junto à companhia aérea. Cada empresa tem regras específicas, mas, de modo geral, elas são bem similares. Existe um custo adicional para o transporte, que normalmente é baseado no peso do animal mais o peso da caixa de transporte e no valor da passagem. Na TAM, os bichinhos devem ser transportados na caixa de transporte, que pode ficar na cabine de passageiros ou no compartimento de carga, de acordo com o peso. A GOL segue o mesmo padrão: caso o animal e a caixa de transporte juntos somem mais de 30 quilos, ele deverá ser transportado como carga. É importante conferir com a companhia se a raça do seu animal é aceita no voo, já que as companhias costumam não aceitar animais de focinho curto. Em todos os casos, é preciso fazer reserva específica e pagar taxa de bagagem.

4. Voos internacionais
Documentação: para viajar com cães e gatos para outros países é necessária a apresentação de um documento emitido pela autoridade veterinária do país de origem e aceito pelos países de destino, que ateste as condições e o histórico de saúde do animal de estimação. É importante pesquisar quais são os requisitos exigidos por cada país, para que o veterinário possa atestar que seu animal cumpre todos eles. Alguns países exigem até mesmo o envio de sangue para laboratórios credenciados e a implantação de um microchip ou tatuagem, contendo um código de identificação.
No Brasil, os documentos utilizados para essa finalidade são o CVI (Certificado Veterinário Internacional) e o Passaporte para Trânsito de Cães e Gatos, que são expedidos pelo Serviço de Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro).

Transporte: é preciso conferir as exigências da companhia sobre as dimensões da caixa de transporte, a possibilidade de levar o animal na cabine e a necessidade de reserva (em geral, permite-se apenas um número limitado de animais por aeronave). A Delta, por exemplo, têm diversas restrições meteorológicas, como por exemplo, não transportar animais despachados como bagagem no verão do Hemisfério Norte – ou seja, entre os meses de maio e setembro.

Fonte:
http://veja.abril.com.br/mundo/dicas-para-viajar-com-animais-de-estimacao/

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